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domingo, 13 de abril de 2014

Padre Ivanoff demonstra preocupação com a crescente violência em Caicó e faz comentário durante Missa de Ramos

 A procissão de Ramos saiu das imediações do prédio da antiga Prefeitura de Caicó 

 A Igreja Católica Apostólica Romana vivencia a partir deste domingo, a Semana Santa. No Santuário do Rosário foi celebrada a Missa de Ramos às 8h30 com a participação dos fiéis. A procissão de ramos lembrando a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusálem saiu das imediações do prédio da antiga Prefeitura de Caicó com destino ao Santuário do Rosário, onde foi celebrada a missa.

Durante a homilia, o administrador diocesano, Padre Ivanoff Pereira disse que o silêncio de Jesus incomodou os poderosos. Ele também lembrou o jeito de viver de Jesus, na figura do servo sofredor.

Preocupado com a violência crescente em Caicó, o Padre Ivanoff afirmou que "o governo não precisa mais construir presídios, pois as pessoas já estão vivendo em verdadeiras prisões em suas residências, com receio de sair de suas casas, temendo sofrer represálias dos assaltantes”.

“Não podemos fugir da cruz de Jesus. Jesus deu ao homem uma nova oportunidade de viver e de ressuscitar com ele no dia da Páscoa do Senhor. Olhar para a cruz nos dias de hoje requer para nós que sejamos solidários com as pessoas que foram e são vítimas do tráfico humano. Devemos olhar para cruz e sermos solidários com os milhares de jovens que estão no mundo das drogas e se deixaram encantar pelas drogas e não sabem como mais sair delas. Não precisa mais o governo construir cadeias, pois cada casa nossa é uma prisão. Estamos presos sem poder de mobilidade, com medo e trancafiados. Qual é a casa de vocês que não têm um gradilho nas janelas e nas portas; quem se senta mais nas calçadas e sai às ruas com toda segurança”, questionou Padre Ivanoff.

Ele ressalta que esta gente não teve a oportunidade necessária ou não quis tê-la, não quis estudar e tornou-se um derrotado pelas drogas, pela violência e pelo vício de roubar e matar.  

“Que não sejamos tomados pelo dom de ser um homem a margem da sociedade. Que não tenhamos em nós a vontade de ser invejoso para destruir o próximo que quer vencer, que luta e que trabalha”, concluiu.

Por Paulo Júnior - Jornal Correio do Seridó 

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